Em meados de 1.950, Francisco Mantovani era um mecânico, especialista em assistência técnica nas máquinas beneficiadoras de arroz. Na época, trabalhava direto na propriedade em que se encontravam as máquinas, o que fazia deslocar-se de sua casa na cidade, e ir até o campo, onde percorria por vários tipos de plantações como soja e milho. Certo dia domado por sua curiosidade, foi ao meio de uma plantação de milho, e observou várias pessoas arrancando pendões de certas fileiras. Descobriu que os trabalhadores estavam arrancando os pendões machos, que já tinham polinizado as fêmeas, e era necessário sua remoção. Assim como o processo de pulverizar, estes serviços eram braçais, pois não existiam tratores com dimensionamento apropriado, o que prejudicava a plantação por passar em cima das fileiras.
Foi quando lhe surgiu a idéia de mecanizar este processo, desenvolvendo uma máquina capaz de realizar o trabalho sem danificar a plantação. Inicialmente, era conhecido como gafanhoto, pois se tratava de uma estrutura metálica em forma de um triciclo, dimensionada desde os pneus até sua carenagem para o cumprimento da tarefa. Seu mercado era extremamente regional, pois como fazia no seu próprio "fundo de quintal", não conseguia suprir sua demanda e expandir seu negócio as demais regiões.
A notícia logo foi se espalhando pelos próprios agricultores, e em questões de poucos meses, tinha pedidos do Brasil todo.